22 de dezembro de 2009

Moda como arte?


Moda como arte?



Flávia Virgínia



Dizer da moda enquanto Arte é encurralá-la na mesma armadilha da Arte pela arte. Afinal, dar nomes aos bois parece uma forma de limitar e comunicar com alguns, que por algum motivo se sentem confortáveis ao classificar as coisas, pessoas, gêneros. Enfim, aqui não se trata disso, dizer que moda é moda, arte é arte, cadeira é cadeira. Não, a questão é pensar a força que determinadas linguagens são capazes de exercer. Não que as ferramentas para dizer sobre algo não seja importante. Ao contrário, a matéria também é uma forma de comunicar e expressar o pensamento, que é uma questão para as artes, para as modas, para as pessoas. Já dizia o filósofo Michael de Certeau que vestir-se é um ato de significação por si só e isso é um acontecimento de comunicação. O simples fato de termos de nos vestir todos os dias, afinal não podemos por lei sair nus por aí, já leva qualquer indivíduo a fazer e carregar uma escolha. Já pensou o quão importante então a indumentária tem na expressão da sociedade? Ao longo dos anos, da história da moda esse fato é inegável. Movimentos e pequenas revoluções são marcados por fotografias que expressam na estética da imagem aquilo que se pretendia.


E a época atual? Certamente a estética da contemporaneidade guarda em si informações e pretensões que comunicam com os anseios ou a ausência deles dentro das sociedades atuais. E com o advento da tecnologia o uso da fotografia como forma de expressão também é um dos pontos altos dessa exposição estética. Então pensando nisso reuno algumas fotografias nas quais a indumentária carrega códigos visuais e significam a obra, o tempo, divertem os olhos e levantam questionamentos sobre o uso da imagem como simulação da vida.


Fotografias de François Coquerel (1989-) Disponíveis em http://www.francoiscoquerel.com/





Fotografias de Jaimie Warren disponíveis em http://www.dontyoufeelbetter.com/

Nenhum comentário: