1 de maio de 2010

Arquitetura da Destruição

Uma das coisas que mais me causa aversão é o fanatismo. De qualquer forma e de qualquer ângulo. Seguir um ideal (ou líder) cegamente, acreditar ser melhor que o outro...negar o outro, suas questões, opiniões. Você e o seu modo de vida é a única coisa correta... por falta de outra palavra me parece BURRICE.

Pensando na história o que vem a cabeça certamente é o Fascismo, ou o Nazismo.
Hitler era um grande apreciador de arte. E como em tudo mais que o homem fez, tinha grandes e específicos planos para o lugar da arte no seu estado puro.
De fato a arte era um dos alicerces dos planos do Reich. E acreditem, Sr. Adolf, apesar de ser um artista frustrado, era um grande designer.
Não podemos negar também a grandeza de seus planos. Os nazistas foram um dos primeiros a utilizar propaganda como forma de lavagem cerebral do povo (mais ou menos o que a Globo faz como o nosso país hoje em dia).

No grande documentário: Arquitetura da Destruição, podemos ter uma visão sobre os planos para a arte e para o mundo, do Estado-Nacional S.













Quando uma idéia se torna absoluta, acima de todas as outras, tem algo errado. E isso vale para arte também.

JF

30 de abril de 2010

josé agrippino de paula


O Tropicalismo foi um movimento de ruptura que transfigurou o ambiente da música popular e da cultura brasileira entre 1967 e 1968. QUE? O Tropicalismo foi um movimento de ruptura que transfigurou o ambiente da música popular e da cultura brasileira entre 1967 e 1968. QUE?
O que chamamos de destaque no movimento, quando chamamos destaque, se existe destaque, lemos Caetano e Gil. Há dias, coloquei um trabalho de Torquato. Dando continuidade a isso, listarei UM por um, dos que não foram esquecidos, negados patafisicamente, deslocados para o esquecimento.
QUE?

tá bom. toma : http://www.dopropriobolso.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=246:jose-agrippino-de-paula-reverenciado-e-redescoberto&catid=45:obras-literarias&Itemid=56

28 de abril de 2010

As Brasílias que poderiam ter sido.

Uma semana depois do aniversário de 50 anos da capital brasileira, venho hoje lhes falar de Brasília.
Brasília dá muito pano pra manga, se é que vocês me entendem. E fico feliz de saber que isso acontece hoje em dia, porque até pouco tempo atrás, criticar Oscar Niemeyer era pena de morte.

Bom, eu não vou criticar o Niemeyer, nem o Lúcio Costa, nem Brasília. Pelo menos não agora.
Hoje vou lhes mostrar três projetos finalistas do concurso para o Plano Piloto da nova capital.

Para quem não sabe o que é um Plano Piloto, neste caso falando de Urbanismo, é o que se refere a planos urbanísticos de uma forma geral, seria então, o desenho da cidade.

Então, o primeiro lugar!
O Plano Piloto que deu origem a cidade que todos nós conhecemos: Brasília.


Primeiro Classificado:



Plano inscrito no Concurso sob o número 22
Arquiteto: Lúcio Costa
Classificado em 1o. lugar
Autor: Lúcio Costa, arquiteto

Lúcio costa é carioca, nascido em 1902. Formado, na década de 20, pela Escola Nacional de Belas-Artes (RJ). Esteve ligado ao ensino, dedicando-se à sua reforma, quando Professor da Escola Nacional de Belas-Artes. Nos anos trinta destacam-se sua atividade no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico nacional, como consultor, seu projeto, em equipe, do edifício-sede do Ministério da Educação (RJ) e o Parque Guinle. Depois de Brasília, destaca-se o plano urbanístico da Barra (RJ). Sua atividade como teórico e planejador urbano foi sempre consagrada como parâmetro da modernização da arquitetura e do urbanismo brasileiro.

observação: Ao contrário do que muitos pensam, Niemeyer não projetou a capital, e sim os edificios dela. O urbanismo da capital foi projeto do arqutieto Lúcio Costa.






Segundo Classificado:



Ney Fontes Gonçalves
Boruch Milman
Plano inscrito no concurso sob o número 2.
Engenheiro:
Boruch Milman
Arquitetos:
João Henrique Rocha
Ney Fontes Gonaçalves
Classificado em 2o. lugar.


A equipe esteve formada unicamente para o plano concorrente. Seus membros, à exceção de Ney Fontes Gonçalves, precocemente falecido, são residentes na cidade do Rio de Janeiro. João Henrique Rocha é carioca, nascido em 1923. Boruch Milman é mineiro de Pouso alegre, nascido em 1926. É formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do /rio de janeiro, em 1949, mais tarde formado em Engenharia Industrial, pela mesma Universidade, em 1955. A partir de 1966, ocupa cadeira de ensino naquela Universidade, como Livre Docente. Em 1967, adquire o título de doutor em Ciências Físicas e Matemáticas, pela Federal do Rio de Janeiro. Desde 1952, exerce a função de engenheiro, com escritório próprio, havendo se dedicado a projetos estruturais para habitações coletivas, hospitais e indústrias, na sua maioria, par o Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo e Distrito Federal.






Previa uma cidade governamental com desenvolvimento controlado (máximo de 768.000 hab.) e satélites urbanos cujo crescimento seria de flexibilidade ilimitada. Foi suposto que em 2050 a cidade teria 673.000 habitantes.




Terceiro classificado:


Escritório Técnico Rino Levi
Plano inscrito no concurso sob o número 17
Escritório Técnico Rino Levi
Classificado em 3o. lugar
Autores:
Rino Levi,
Roberto Cerqueira César,
Luís Roberto Carvalho Franco, arquitetos
Paulo Fragoso, engenheiro


Rino Levi era paulista da capital, nascido em 1901 e falecido em 1965. Fez seus estudos superiores na Academia de Belas-Artes de Milão e Escola Superior de Arquitetura de Roma, formando-se em 1926. Inicia usa atividade profissional em São Paulo, com escritório técnico próprio, Rino Levi. À época do concurso era professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Já em 1932 seu escritório adquire renome, com a construção do primeiro prédio de apartamentos de luxo de São Paulo, Columbus. Roberto Cerqueira César é paulista da capital, nascido em 1917. Formado em Arquitetura pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, em 1940, no ano seguinte ingressou ao escritório de Rino Levi, tornando-se seu associado em 1945. É sócio-gerente do mesmo escritório desde 1965, então com nova firma, Rino Levi Arquitetos Associados Ltda. Luiz Roberto Carvalho Franco é paulista de Araras, nascido em 1926. É formado arquiteto pela Universidade Mackenzie(SP), em 1951, e pós-graduado em "Metadesign" pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, em 1965. Foi arquiteto do escritório Rino Levi desde 1951. É seu diretor desde 1965.





O projeto de Rino Levi previa bairros verticais com torres de cem andares ou 300m.






“Brasília é construída na linha do horizonte. – Brasília é artificial. Tão artificial como devia ter sido o mundo quando foi criado(...)
– Eu sei o que os dois(Lucio Costa e Oscar Niemeyer) quiseram: a lentidão e o silêncio, que também é a idéia que faço da eternidade. Os dois criaram o retrato de uma cidade eterna. – Há alguma coisa aqui que me dá medo. Quando eu descobrir o que me assusta, saberei também o que amo aqui." Clarice Lispector.



e FIM.




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Gabriela de Matos.

26 de abril de 2010

(a)o ubu rei


alfred jarry
1873 - 1907
francês


porque alfred jarry?
escreveu a peça precursora do teatro moderno: ubu-rei
anárquica
estreada em 1896 com desagrado e desentendido olhar público e crítico



fez poesia simbolista e romance
toda sua escritura foi a encarnação do que chamou de 
patafísica: a ciência de soluções imaginárias
_ a superação da metafísica e a desconstrução do real pelo absurdo.




assim:
antecipou a vanguarda surrealista, o teatro do absurdo e os movimentos antiliterários/de contra-cultura do século XX
______________

foi fundado, em 1948, O COLÉGIO DA PATAFÍSICA/ utópico e irônico/ de onde surgiram manifestações e práticas patafísicas dessa natureza:


o colégio, depois de um desentendimento com um editor francês chamado jean paulhan, declarou que jean paulhan nunca existiu, imprimindo cartões postais com a frase:
JEAN PAULHAN NÃO EXISTE e publicou à sociedade, levando às mãos de paulhan, para que ele soubesse e então acreditasse que, patafisicamente, nunca havia existido.



fizeram parte do colégio duchamp, miró, marx ernest, jean dubuffet, asger jorn e outros.

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também fundado, em 1926, O TEATRO ALFRED JARRY
um espaço vanguardista, com manifestos sobre sua filosofia e um cenário turbulento de ataques ideológicos entre as idéias de antonin artaud e andré breton (que julgava o teatro alfred jarry de uma estética muito puritana, ligada a uma idéia de poesia tão puritana quanto, e a uma visão muito ingênua de um ideal do homem de teatro).


o teatro alfred jarry:
nós pedimos, em uma palavra, ao nosso público, uma adesão íntima, profunda. 
a discrição não é coisa nossa. 
a cada espetáculo montado, jogamos uma partida grave. se não estivermos decididos a tirar até o extremo as consequências de nossos princípios, estimaremos que a partida, justamente, não valerá a pena ser jogada. 
o espectador que vem à nossa casa saberá que ele vem se oferecer a uma operação verdadeira onde não somente seu espírito mas seus sentidos e sua carne estão em jogo. se não estivéssemos persuadidos de atingi-lo o mais gravemente possível, nós nos consideraríamos inferiores à nossa tarefa mais absoluta. 
ele deve estar de fato persuadido de que somos capazes de fazê-lo gritar.  

salve, salve o ubu-rei!

25 de abril de 2010

O bolão do momento (ou tarda mas não falha)

A mais nova controvérsia do mundo da arte soa aos meus ouvidos tão popularista quanto um jogão no Mineirão, ou tão sensacionalista quanto a obra que a produz, ou ainda a origem da obra, ou a origem da origem... hahaha está difícil de entender? Aí vai a obra:


"Fani dark", possui interferência de canetas coloridas feitas por visitantes do Museu de Arte Contemporânea (MAC), em 2007, sobre um cartaz de publicidade para a revista “Playboy” em que Fani posa nua.

(e não, u-hu nova iguaçú não é interferência, faz parte do cartaz original)

A Obra de Vogler intitulada “Fani Dark” teve sua exposição cancelada pela assessoria da ex-BBB pois denegria a imagem da “menina”. Um “bate-bola” (em forma de comunicados a imprensa) interessante roulou entre os dois times.

TIME FANI:
“a arte precisa dialogar com as contradições e sempre tem o papel de intervir nas ações da sociedade e no cotidiano das pessoas" (OPS gol contra) “mas a prioridade é a preservação da imagem (da assessorada) que teria sido de certa maneira agredida pela obra”.

TIME VOGLER:
"a assessoria da Fani disse que o trabalho não agregava coisas boas à imagem dela, como se ela pudesse autorizar ou não a realização de uma obra de arte (...GOOOOLLLLL) quando a 'Playboy' saiu, era um cartaz atrás do outro nas ruas, com frases, desenhos, rasgos, um mundo de fantasias sobre aquela figura pública. Eu reeditei essa prática no MAC e quis legitimá-la como arte participativa.”

RESULTADO:
Então quem ganha este jogo? Bom, como aqui não conta o saldo de gols, ou ainda o bom gosto de uma arte que seja significativa sem ferir os olhos alheios o resultado é: os dois. Fani volta as páginas do UOL, como uma BBB nascida das cinzas. Vogler ganha crédito e atenção por ser a última controvérsia no mundo das artes. E não era isso que uma ex BBB e um artista plástico querem no final?

Happy Ending

JF