A 13º Mostra de Cinema de Tiradentes irá inaugurar a temporada do audiovisual do Brasil deste ano, realizada de 22 a 30 de janeiro. O tema que será colocado em pauta em diversos debates que ocorrem durante a mostra é o paradoxo e a diversidade da recente produção brasileira.
A discussão sobre os paradoxos do contemporâneo foi motivada pela configuração dos filmes inscritos para seleção - um volume de produções que semeia o potencial do paradoxo, um universo eclético que apresenta uma multiplicidade de temas e propostas, variados perfis de realizadores e uma mescla de gêneros constituindo um complexo painel da produção audiovisual atual que o público terá a oportunidade de conhecer durante os nove dias de programação do evento.
Tiradentes, uma de nossas cidades históricas mais charmosas de minas, recebe toda infraestrutura necessária para sediar a programação. Serão instalados três espaços de exibição - o Cine-Praça, no Largo das Fôrras (espaço para mais de 2.000 espectadores), o Complexo de Tendas – que sedia a instalação do Cine-Tenda (com 700 lugares), e o Cine-Teatro (com platéia de 150 lugares) funciona no Centro Cultural Yves Alves – sede do evento.
Ao longo dos seus nove dias de programação gratuita, serão exibidos 128 filmes de jovens realizadores e veteranos, dentre eles, 29 longas e 99 curtas-metragens. Também serão realizadas de 12 oficinas, 13 encontros entre críticos, diretores e o público, e três debates que abordarão a temática desta edição da mostra Paradoxos do Contemporâneo.
A homagem desta edição foi concebida ao grandecontemporâneocineasta Karim Aïnouz;
Nascido no Ceará, de ascendência argelina, franco-brasileiro de nacionalidade, quinze anos de vivência nos EUA, uma mistura de tradições culturais diversas, Karim estudou arquitetura, mas sua grande paixão é a pintura. Depois veio, a fotografia e, em sequência, o cinema. Começou a fazer cinema com vontade de mudar o mundo. Acreditava que fazendo cinema era um jeito de imaginar um mundo que não existe, mesmo sendo utopia, ainda acredita que o cinema possibilita criar um mundo ou outro, além de ser um jeito de roubar as imagens do mundo um pouco para ele, pensando que talvez no futuro, não possa mais vê-las. Karim Aïnouz é diretor de filmes emblemáticos, da nova cinematografia brasileira. Seu primeiro longa-metragem, Madame Satã, estreou no Festival de Cannes 2002, Un Certain Regard. O Céu de Suely, seu segundo longa, estreou no Festival de Veneza, Orizzonti, 2006. Suas instalações foram exibidas na Bienal do Whitney Museum of American Art (1997) e na Bienal de São Paulo (2004). ). O cineasta tematiza o próprio deslocamento em Viajo porque Preciso, Volto porque te Amo, realizado em parceria com o pernambucano Marcelo Gomes. Recentemente concluiu Alice, série de televisão para HBO Latin America e trabalha atualmente no seu próximo longa, Praia do Futuro – uma co-produção Brasil-Alemanha.
E para finalizar, a abertura do longa-metragem O Céu de Suely;
Por Paula Motta
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