23 de agosto de 2010

Me falaram que minha arte não é contemporânea.

Me falaram que minha arte não é contemporânea. Talvez eles estejam certos. Certamente eu não trabalho com a linguagem mais popular, os materiais ou assuntos da última moda... com certeza não estou nas panelinhas certas e fazendo links com os bambambans.... É talvez eu não seja contemporâneo. Certamente nunca me senti muito na moda... sempre gostei de Marina Lima.

A verdade é que talvez eu deveria ter nascido alguns séculos atrás. Talvez e eu seja um romântico, no sentido original da palavra. Não com a conotação melodramática e toque de happy ending que se popularizou na nossa cultura americanizada. Mas sim aquele sofredor, que só se da mal, não fica com ninguém e ainda morre de tuberculose no final...


medos & esperanças, nanquim 200?

Depois de quebrar a cabeça algum tempo pensei – Hora, posso não estar na última moda, posso trabalhar com materiais e assuntos que são só de meu interesse (talvez eu seja egoísta). Mas o que eu faço, eu faço hoje em dia, e É minha produção atual. Claro que sou contemporâneo, ainda estou vivo!

2 comentários:

esdras aurélio disse...

apaixonante!
somos então dois românticos não-contemporâneos da contemporaneidade!

esdras aurélio disse...

desculpe a insistência, mas não resisti, rs. achei o texto uma delícia!... confesso que já li duas vezes essa quase página de diário e continuo achando uma delícia. devo estar em dias eufóricos... quase maníacos!