25 de agosto de 2010

Ave, Paulo Mendes da Rocha!

Hoje vou deixar para vocês um trecho de uma fala de Paulo Mendes da Rocha em uma entrevista.
Era exatamente o que eu queria dizer hoje, mas eu não sou Paulo Mendes da Rocha.

"(...) Não só as coisas são vistas com redimo assim, por capítulos herméticos, como a nossa historia não vai se suceder mais por capítulos herméticos, tão herméticos. Não vai ser possível, você raciocinar assim. Nunca teria sido possível, só que não se sabia com tanta clareza como hoje, tu compreendes? Porque uma questão banal – quando se diz que todo mundo concorda, portanto, quando se diz – fala de multidisciplinaridade. Por exemplo: que hoje a arquitetura, é supremamente multidisciplinar. Percebe-se, claramente, que não é um somatório de disciplinas o que resolve essa questão. Se você quiser manter a afirmação porque é imensurável, não é um somatório de disciplinas ou de conhecimentos com uma carga enorme, é uma qualidade peculiar de conhecimento. É conhecer de um modo peculiar, pois estamos todos nessa. Portanto, por exemplo, acho a ciência e a técnica, cada vez mais decisivas na hora de você decidir uma coisa que ainda não existe. Nós somos artistas, técnicos e cientistas, descendentes do macaco, se não, não estaríamos aqui. Portanto as obras suscitam interesse porque conseguem a convocação do conhecimento."

Pensem nisso.



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Gabriela de Matos.

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