diante da questão que se amortece e que retorna inegavelmente aos nossos sentidos, devo dizer que a grande preocupação que me tem pertubado as últimas noites é o fato de nenhuma instância coorporativa ou independente realmente se firmar no propósito da arte e do povo.
os gestos abandonam a retórica construída a todo tempo e então discutimos intimamente depois de cada um dos atropelos constatados: ninguém se preocupa com a arte a ponto de se dedicar absolutamente às suas tantas causas. sim, falamos da arte em si não da política e ética que a circunda e a têm comandado. não, a arte não é purista, mas seus motivos devem ser maiores do que os motivos construídos pelo homem e seu poder.
e o povo não é mais pauta, é público pra assistencialismo.
não entendemos que no brasil a arte está embolada no povo numa xanxada filosófica e um se alimenta radicalmente do outro numa antropofagia que deu origem a palavra e que nem carece de idéias fundamentadas para existir.
se a sociedade está recalcada em dogmas e não há sinais de justiça, então esse não é o único mundo a existir. isso não diz respeito a teologia ou metafísica, mas à linguagem porque a única existência verdadeira é a linguagem dos sinais, de resto são racionalizações projetadas.
assim, a linguagem é minha salvação para exaltar a existência cotidiana, para elevar tudo o que foi dissolvido pelo desencanto, para me possibilitar mais do que enxergar mas viver de uma lógica que jamais corresponderá a supressão onde fomos colocados ou nos colocamos e dentro da qual nada pode ser tão móvel quanto preciso.
traçaremos patafisicamente uma forma de se ver, construir e consumir arte onde se estabelecerá uma transparência indestrutível sem etiquetas, fronteiras ou finitudes.
por tudo isso, 'tudo que eu disser três vezes é verdade.'
por essas e outras, metalinguisticamente:
a sabedoria de jorge:
e o desassossego hilda hilst: http://www.megaupload.com/?d=VEISIU75
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