5 de fevereiro de 2010

San Ignacio del Morro > San Borja > Caranavi > Coroico > La Paz


algumas observacoes contundentes a respeito de uma longa viagem inenarrável ------


1
pensar que os bolivianos andam com trajes muito coloridos em todas as cidades no dia a dia, é como pensar que andamos com tapa sexo e convivemos com oncas bananas e macacos.
ninguem no mundo tem motivos como eu, pra celebrar diariamente o mistério das cores.

2
holla. buenos dias bolívia! está em flames_? no? bueno. é como eu comecaria meu jornal
transmitido no leste e norte da bolìvia, caso eu fosse jornalista e apresentasse um jornal boliviano.

3
dia 1 de febrero
sao 10 da noite, em la paz. estou neste hostal que de inca só tem o nome, com 5 pecas de sushi que me restaram do almoco. até o presente momento, acumulo saudade do brasil e impressoes da bolívia, que por mais raro que seja, já comeco a processar. há varios misterios que penso nao estar apta a descobrir, mas hei de registrar para compartilhar com meus irmaos de fluxo que deixei em minas.
neste exato momento sinto que ainda nao estou preparada para viver só, e que a solidao nem mesmo se encerra quando se finda o poema. há pessoas que carregam o peso de sua própria existencia, e chego a pensar que por essa responsabilidade, se encarregam os bolivianos.

4
dia 2 de febrero ' 8 graus
acordei mais ou menos no horário programado e tomei café com um peruano e um chileno, que aparentavam ser arquitetos pois falavam muito em construcoes e plantas. infelizmente terei que ir pra um hostal mais barato, porque me falta plata no momento. ontem a noite fiz boas fotos pela janela, e entao penso que náo há problema algum em sair daqui. acho que la paz é um pouco como porto velho, pois chove todos os dias e as pessoas meio que esperam a chuva, o que me faz pensar que hà um horário pré'determinado. tem muitos estrangeiros nessa redondeza e as vezes fico com receio de ser confundida com um desses que vem ser rei na bolívia. nem todas as roupas juntas que tenho, me esquentariam nesse frio.

5
ter -ou- ver? é a dicotomia que tenho enfrentado no quotidiano. a lembranca brasileira
está absolutamente ligada a uma questao material.

6
penso agora que as mudancas gramaticais, na lingua portuguesa sao extremamente validas, e que a unificacao da lingua, é uma utopia que deve cotidianamente tentar ser atingida.
hasta luego.

mariana de matos.

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