O movimento cinema livre nasceu com a necessidade de democratizar o cinema marginalizado pelo circuito comercial. Tudo começou com Thiago Mattos, quando teve a idéia de criar uma comunidade via Orkut, que serviria para trocar legendas de filmes inéditos - ou quase - no Brasil.
Em poucos dias a comunidade criada por Thiago já contava com muitos membros ativos, ou seja, pessoas que simpatizaram com o movimento e começaram a traduzir para o português as legendas que geralmente só se encontravam em inglês ou espanhol.
Além de fazer a felicidade de muitos cinéfilos, as legendas do Movimento também alcançaram inúmeros cineclubes por todo o país, o que de fato maximizou o acesso a filmes que antes se limitavam a grupos muito restritos. E isso sem mencionar a relevância dessas mesmas legendas para usuários de outros países lusófonos, sobretudo Portugal e Moçambique.
“Acho que tudo começou na comunidade do Godard, em que “A Parede” – Thiago Mattos – divulgava sua idéia. Eu o contatei por “scrap”, e eu e outros que também descobriram, passamos a divulgar e a procurar quais filmes importantes não tinham legenda”. Mattos relata ironicamente sobre o processo de divulgação da comunidade. “A gente espalhou trezentos tópicos por comunidades de cinema sobre o MCL. Era um texto gigante, que acho que nenhum ser humano chegou a ler”.
Pode-se destacar algumas legendas:
A filmografia completa de François Truffaut, “Sympathy For The Devil” (Godard), “A Woman Under Influence” (Cassavetes), “Decálogo” (Kieslowski), vários filmes do Peter Greenaway, Lars Von Trier e Buñuel.”O Mundo” (Jia Zhang Ke) e “O Sangue De Um Poeta” (Jean Cocteau).
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Paula Motta
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