O livro de Jó é a segunda montagem da trilogia do teatro da vertigem.
texto de Luís Alberto de Abreu com encenação de Antônio Araújo.
a peça acontece em 1995 no Hospital Humberto Primo, em São Paulo, percorrendo durante sua execução desde a entrada até o centro cirúrgico no último andar.
Iluminação, música, figurino e cenário pensados para valorizar a arquitetura e geografia do lugar, criando todo o espaço/corpo necessário para que a peça se fizesse absoluta:
uma ritualização do espaço cênico com o espaço arquitetônico_
‘’O espaço do hospital não é mero cenário vazio. Antônio Araújo explorou-o nos mais variados recantos. Desde as primeiras imagens, em que três grandes paredes de vidro, muito bem iluminadas por Guilherma Bonfanti, abrem a visão do interior, até a utilização do instrumental próprio - macas, mesa cirúrgica, recipientes de soro etc - tudo é apropriado para que o sofrimento de Jó funcione também como clara metáfora da grande moléstia contemporânea. (...) O adaptador conseguiu marcar as 'vozes' dos interlocutores de Jó e sobretudo a da mulher dele, que existe como sua oponente dramática, trazendo o texto para o domínio do teatro. As simplificações da montagem atendem ao desenho interno da criação de Antônio Araújo, sem desrespeitar o propósito do dramaturgo de, ao lado do auto de fé, reivindicar a legitimidade do auto profano".¹
¹ MAGALDI, Sábato. O Livro de Jó provoca impacto. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 24 ago. 1996. Caderno 2, p. D4.
citação: http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_teatro/index.cfm?fuseaction=espetaculos_biografia&cd_verbete=302
sobre a peça (necessário): http://www.teatrojornal.com.br/v1/index.php?option=com_content&view=article&id=328:qlivro-de-joq-revela-peso-da-crenca&catid=35:diario-de-mogi&Itemid=34
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