24 de fevereiro de 2010

o hibridismo do arquiteto brasileiro do século xx.

Arquiteto bel-artista. Arquiteto. Arquiteto moderno. Engenheiro arquiteto. Arquiteto urbanista.


A profissão de arquiteto vem sofrendo modificações, ou melhor dizer, adaptações, ao longo dos últimos anos no Brasil e no mundo.

As escolas de arquitetura tentam assimilar em suas ementas as modificações da sociedade, a fim de produzir conhecimento que sempre seja condizente com a demanda do mercado mais atual.

Porém, nem sempre isto é possível. No final a própria sociedade fica confusa acerca do real papel do arquiteto.

O arquiteto moderno e o engenheiro arquiteto surgiram para apagar o arquiteto bel-artista, que era tido com a idéia de um simples desenhista acadêmico. Era necessário então um arquiteto “antenado” com o novo tipo de produção no país naquele momento, a produção industrial.


Os arquitetos adotam então o discurso da racionalidade e da funcionalidade, dando uma cara nova à arquitetura brasileira, surge aí a famosa Arquitetura Moderna Brasileira.

Durante anos a arquitetura moderna foi a cara do Governo Vargas, dando uma imagem progressista e inovadora ao país.

O ensino de arquitetura não pertence mais à Escola de Belas Artes, naquele momento, em 1940, se tornou um ensino autônomo, com a criação da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Brasil.

Esta nova situação redefine a atuação do arquiteto no mercado. Surgem então os ateliers dedicados exclusivamente a projetos. O arquiteto se afasta definitivamente da obra e o projeto toma status de trabalho artístico, intelectual.

O arquiteto urbanista dos dias de hoje, sofre para adentrar as classes mais baixas da sociedade exatamente porque este status que o arquiteto tomou, de profissional da elite, ainda não conseguiu ser desassociado.

O arquiteto contemporâneo desenvolve atividades interdisciplinares, agregando seu conhecimento arquitetônico à outras áreas artísticas, e produzindo assim uma matéria híbrida mais completa como dentro do campo das artes.

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