19 de fevereiro de 2010

a escritura de volta pra casa

quando a literatura é o trajeto representado pelo desenho e desejo,
independente do clima do cansaço do tempo da imposição do ritmo do alheio
há e há de haver por longo, o cumprimento da escritura pelo simples prazer do texto
localizada junto e inseparável do alimento do ter que se compor ao inicio do dia
de exercer a língua falada e preservar os hábitos adquiridos que não julgamos mais
por que são hábitos e hábito se prolonga porque tem a força de provar que é o que deve
ser cumprido ----


a literatura do desayuno literatura de cocina do sono do trânsito da cidade do vazio
do cacto literatura de sal literatura do deserto da solidão da mudez da sujeira literatura da vida))))


desta específica que me proponho exercer mesmo que tenha passado meia hora que falte
uma semana_ a literatura do retorno.

há dois dias, retornei da bolívia como se fosse um destino que de repente poderia ser mudado
com medo de não poder atravessar de volta a fronteira de ter que durar mais do que o necessário
retornei até o último minuto como se não fosse retornar mais e tivesse que ficar presa
dentro do lado de fora, na linha da transgressão e do outro hábito- mas
o estrageiro é o desenho alheio, e assim como não existe no mapa nenhuma fora linha
de fronteira, assim como não existe pedras que isolam os estados, abusei da palavra dum e
transformada retornei ao brasil, para abusar da palavra doutro lado.


o meu projeto de vida é acordar en la literatura, assim como yo tanto necessito.
na escuela de cine y artes audiovisuales li que a literatura é lei e a imagem é desejo,
brinquei com a ordem da síntese porque posso, y acreditei como se fosse desde minha nascença,
minha religião: o desejo.


mariana de matos)

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