27 de julho de 2010

censura


e ela falava do homem não com personagem da moralidade
não como metáfora do verdadeiro sentido
aquele homem era em si a própria estética
sim, nenhuma censura poderia aprisionar os movimentos desse homem
porque sua condenação também seria sua glória
e cruelmente assim se faria também o contrário.
o homem era o dono de si e em si era absoluto
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mas afinal
que conceito limparia todos os resíduos da estética a ponto de não sê-la em lugar algum
processualmente (i)moral (?!)
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ela sabia que as palavras eram apenas metáforas das emoções
e que ali divagava a partilhar o sensível
e ainda que não se percebesse
o enredo se fazia elogio ao/pelo/para o homem
porque
as palavras não apenas nos conferem realidade;
elas podem ainda defendê-las para nós.

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e ali, a escritura a se cumprir
o berço do homem:
o teatro:
o auto da barca de camiri  [http://www.megaupload.com/?d=JZKP5U04]

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