27 de março de 2010

Uma visão do que está por vir


"a coisa mais triste do seculo é ser útil.

nos fundilhos ninguem quer ser padeiro detetive sapateiro. ninguem quer ter uma arma.
todo mundo quer ser bufão mecenas mancebo dandi bonvivant genio talentoverdadeiro.

ninguem quer ser normal todo mundo quer ser especial.

ninguem vende oito horas do dia na verdade todo mundo vive sob essa condição.
o pavor da barbarie o horror de perder a dignidade quando se descobre humano uma vez.
todo mundo quer manter a humanidade.

higiene papel asseptico pra se limpar sabonete pra não feder agua encanada.
ninguem quer comer comida podre.

todo mundo é vitima.
todo mundo encosta o ombro na roda, todo mundo aprende a dançar o can-can.

ninguem pode escolher e tá todo mundo puto com isso.
ninguem gosta mesmo quem não entende nada sente o gosto amargo na boca.

por minha vez já retorci de dor sem nenhuma doença aparente. ja chorei de desespero
já clamei aos cães de olhares vagos às arvores indiferentes ao clarão do ceu.

não adianta,
a coisa mais triste do seculo é ser útil."

por M1ras

JF

24 de março de 2010

Casa feita de matériais recicláveis.

O post de hoje prova como casas que foram construídas levando em consideração sustentabilidade e impacto ambiental reduzido, podem ter estilo e serem cada vez mais charmosas e aconchegantes.

Esta casa foi construída em bosque de pinheiros na cidade de Raleigh, Estados Unidos.
Além de superar as limitações impostas ao projeto arquitetônico, o arquiteto norte-americano Michael, impôs a si outro desafio, já que decidiu ser também o construtor. “Isso é bastante incomum nos Estados Unidos, onde essas duas funções em geral são separadas. Não foi fácil dividir o tempo com o trabalho na empresa, mas o gerenciamento me permitiu tomar decisões mais rápidas”, enfatiza. No Brasil as duas funções também são separadas apesar dessa realidade estar mudando. Bom, com o envolvimento maior na obra, ele pôde privilegiar critérios de sustentabilidade.

“Como gerente da obra, encomendei apenas o material necessário, evitando desperdícios. O entulho foi reciclado sempre que possível”, conta. E quase todos os materiais usados são recicláveis (aço, vidro, alumínio, concreto). Outro objetivo do arquiteto foi causar o menor impacto possível no terreno. A meta foi atingida de diversas formas: “Muitos pássaros fazem ninho nas vigas de aço expostas na estrutura da construção. As plantas já cresceram em volta e embaixo da casa, assim cervos, raposas e tartarugas passeiam pelo local. E a madeira está ficando cinza: é a natureza imprimindo suas marcas”, finaliza.



















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Gabriela de Matos.


22 de março de 2010

frank zappa e (o/seu) teatro

frank zappa, compositor americano. 
lançou  em torno de 80 discos de 1966 a 1993.
viveu 53 anos.


compôs ópera, misturou música clássica, jazz, rock, atingindo uma infinidade de sons inomináveis. 
absurdo e lúcido, subverteu noções categóricas e sólidas à uma produção  tecnicamente rigorosa e substancialmente livre.






negava a psicodelia da época, contestava o flower power e os movimentos fechados e separatistas. 
naturalmente dramático e interpretativo/ referenciava o movimento motherfuckers/ acreditava numa anarquia que partiria da consciência, conhecimento e processo civilizatório.


frank zappa & mothers of invention in fillmore east- june 1971 é um de seus discos mais híbridos e impensáveis.
um teatro, com diálogos e encenações absurdas, músicos- personagens, blues.


apropriando-o: sua música é como cinema para os ouvidos.
sem contemplação/ pelo desassossego e intrigante necessidade da vida: frank zappa!


abaixo, deixo: 
um link de uma conversa sobre frank zappa e 'as indigestões do absolutamente livre', analisando/comparando-o aos músicos brasileiros hermeto pascoal e arrigo barnabé e ao escritor fernando pessoa:
http://www.revista.agulha.nom.br/ag38zappa.htm
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sua discografia completa:
http://cantinadorock.blogspot.com/2008/10/frank-zappa-discografia-mritos-totais.html
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vídeo sobre o teatro de fillmore east- june 1971:





(ana pedrosa

21 de março de 2010

Um pouquinho sobre o poeta louco

Codinome Beija-Flor

Pra que mentir
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos
Sem rancor
A emocao acabou
Que coincidencia é o amor

A nossa musica nunca
Mais tocou
Pra que usar
De tanta educacao
Pra destilar
Terceiras intencões
Desperdicando o meu mel
Devagarinho flor em flor
Entre os meus inimigos,
Beija-Flor

Eu protegi teu nome
Por amor
Em um codinome Beija-Flor
Nao responda nunca
Meu amor
Pra qualquer um na rua
Beija-Flor

Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos
De liquidificador

Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro
E aguava o bom do amor
Prendia o choro
E aguava o bom do amor