6 de fevereiro de 2010

Fréderic Back

Frédreick costuma dizer que nasceu com lápis e papel na mão. Sendo um animador à moda antiga, daqueles que podem se dedicar por um mês inteiro à confecção de um único plano.
Os ideais de Back são a defesa da memória coletiva e a proteção do meio-ambiente. O cinema como ele concebe é uma excelente mídia para promover a ecologia.




The Man Who Planted Trees (1987)

JF

5 de fevereiro de 2010

San Ignacio del Morro > San Borja > Caranavi > Coroico > La Paz


algumas observacoes contundentes a respeito de uma longa viagem inenarrável ------


1
pensar que os bolivianos andam com trajes muito coloridos em todas as cidades no dia a dia, é como pensar que andamos com tapa sexo e convivemos com oncas bananas e macacos.
ninguem no mundo tem motivos como eu, pra celebrar diariamente o mistério das cores.

2
holla. buenos dias bolívia! está em flames_? no? bueno. é como eu comecaria meu jornal
transmitido no leste e norte da bolìvia, caso eu fosse jornalista e apresentasse um jornal boliviano.

3
dia 1 de febrero
sao 10 da noite, em la paz. estou neste hostal que de inca só tem o nome, com 5 pecas de sushi que me restaram do almoco. até o presente momento, acumulo saudade do brasil e impressoes da bolívia, que por mais raro que seja, já comeco a processar. há varios misterios que penso nao estar apta a descobrir, mas hei de registrar para compartilhar com meus irmaos de fluxo que deixei em minas.
neste exato momento sinto que ainda nao estou preparada para viver só, e que a solidao nem mesmo se encerra quando se finda o poema. há pessoas que carregam o peso de sua própria existencia, e chego a pensar que por essa responsabilidade, se encarregam os bolivianos.

4
dia 2 de febrero ' 8 graus
acordei mais ou menos no horário programado e tomei café com um peruano e um chileno, que aparentavam ser arquitetos pois falavam muito em construcoes e plantas. infelizmente terei que ir pra um hostal mais barato, porque me falta plata no momento. ontem a noite fiz boas fotos pela janela, e entao penso que náo há problema algum em sair daqui. acho que la paz é um pouco como porto velho, pois chove todos os dias e as pessoas meio que esperam a chuva, o que me faz pensar que hà um horário pré'determinado. tem muitos estrangeiros nessa redondeza e as vezes fico com receio de ser confundida com um desses que vem ser rei na bolívia. nem todas as roupas juntas que tenho, me esquentariam nesse frio.

5
ter -ou- ver? é a dicotomia que tenho enfrentado no quotidiano. a lembranca brasileira
está absolutamente ligada a uma questao material.

6
penso agora que as mudancas gramaticais, na lingua portuguesa sao extremamente validas, e que a unificacao da lingua, é uma utopia que deve cotidianamente tentar ser atingida.
hasta luego.

mariana de matos.

4 de fevereiro de 2010

movimento cinema livre

O movimento cinema livre nasceu com a necessidade de democratizar o cinema marginalizado pelo circuito comercial. Tudo começou com Thiago Mattos, quando teve  a idéia de criar uma comunidade via Orkut, que serviria para trocar legendas de filmes inéditos - ou quase - no Brasil.
Em poucos dias a comunidade criada por Thiago já contava com muitos membros ativos, ou seja, pessoas que simpatizaram com o movimento e começaram a traduzir para o português as legendas que geralmente só se encontravam em inglês ou espanhol.
Além de fazer a felicidade de muitos cinéfilos, as legendas do Movimento também alcançaram inúmeros cineclubes por todo o país, o que de fato maximizou o acesso a filmes que antes se limitavam a grupos muito restritos. E isso sem mencionar a relevância dessas mesmas legendas para usuários de outros países lusófonos, sobretudo Portugal e Moçambique.

“Acho que tudo começou na comunidade do Godard, em que “A Parede” – Thiago Mattos – divulgava sua idéia. Eu o contatei por “scrap”, e eu e outros que também descobriram, passamos a divulgar e a procurar quais filmes importantes não tinham legenda”. Mattos relata ironicamente sobre o processo de divulgação da comunidade. “A gente espalhou trezentos tópicos por comunidades de cinema sobre o MCL. Era um texto gigante, que acho que nenhum ser humano chegou a ler”.

Pode-se destacar algumas legendas:
A filmografia completa de François Truffaut, “Sympathy For The Devil” (Godard), “A Woman Under Influence” (Cassavetes), “Decálogo” (Kieslowski), vários filmes do Peter Greenaway, Lars Von Trier e Buñuel.”O Mundo” (Jia Zhang Ke) e “O Sangue De Um Poeta” (Jean Cocteau).

links: 


Paula Motta

3 de fevereiro de 2010

Niemeyer, Chico Buarque e a Arquitetura.

Este vídeo foi o primeiro vídeo que eu vi sobre o Niemeyer.
Estava no primeiro período do curso de Arquitetura e Urbanismo e ver o Chico Buarque falando do Niemeyer e da importância que a arquitetura dele teve em sua vida, pra mim foi importantíssimo.
A analogia que ele faz no final de sua leitura, à arquitetura de Niemeyer e a música de Tom Jobim, foi definitiva para minha trajetória no curso.

Acho que foi nesse momento que eu realmente entendi o que era a arquitetura.

Para vocês, um trecho de “A Vida é um Sopro”:





A Vida é Um Sopro é um documentário sobre a vida e obra de Oscar Niemeyer.




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Gabriela de Matos.

1 de fevereiro de 2010

um teatro pobre


jerzy grotowski polonês experimental diretor e pensador de um teatro de vanguarda ritualístico. aboliu o espetáculo a atuação o cenário o figurino e até mesmo o espectador - palavras fadadas ao fim, supérfluos acessórios à verdadeira teatralidade.
superar o texto como ‘material para a construção do som’. o desmoronamento do palco. um teatro que perturbe suas testemunhas, que ressuscite e reinvente arquétipos. o corpo- plástico e central elemento, elevado ao transe: será mesmo teatro?

eis aqui:
a arte não é um estado da alma (no sentido de algum momento extraordinário e imprevisível de inspiração), nem um estado do homem (no sentido de uma profissão ou função social). a arte é um amadurecimento, uma evolução, uma ascensão que nos torna capazes de emergir da escuridão para uma luz fantástica.

baseado na busca pelo teatro pobre, “eu vos liberto”:



(ana pedrosa